Poluição provocou nove milhões de mortes no mundo em 2019, afirma estudo

'O impacto da poluição sobre a saúde continua sendo muito maior que o da guerra, do terrorismo, da malária, HIV, tuberculose, drogas e álcool', destaca o autor do estudo

Créditos: Pixabay

Apoie Siga-nos no

A poluição foi responsável pela morte prematura de nove milhões de pessoas em 2019, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (18) pela revista Lancet, um número que é agravado pela má qualidade do ar e pela presença de poluentes químicos.

Quatro anos depois de um primeiro relatório, a situação não melhorou: quase uma a cada seis mortes prematuras no mundo está associada à poluição, destaca a Comissão obre Poluição e Saúde da Lancet.

A poluição e os resíduos expelidos no ar, na água e no solo geralmente não matam diretamente, mas provocam graves doenças cardíacas, câncer, problemas respiratórios e diarreia aguda.

“Os efeitos sobre a saúde são enormes e os países de renda baixa e média são os mais afetados”, resume o principal ator do estudo e codiretor da comissão, Richard Fuller.

São responsáveis por 92% destas mortes e pela maior parte das perdas econômicas.

O impacto da poluição sobre a saúde continua sendo muito maior que o da guerra, do terrorismo, da malária, HIV, tuberculose, drogas e álcool. O número de mortes causadas pela poluição rivaliza com as provocadas pelo tabaco”, afirmou.


Em 2019, 6,7 milhões de mortes prematuras são atribuíveis à poluição do ar, 1,4 milhão à poluição da água e 900.000 à intoxicação por chumbo.

“O fato de que a situação do chumbo está piorando, em particular nos países mais pobres, e acelera em termos de número de mortes, é terrível”, declarou Fuller à AFP.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.