Objetivo é transformar celular roubado em um pedaço de metal inútil, diz secretário ao lançar app para bloqueio

A nova plataforma foi desenhada pelo Ministério da Justiça em parceria com a Federação Brasileira de Bancos e a Agência Nacional de Telecomunicações

O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, no lançamento do Celular Seguro. Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

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O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, afirmou que o aplicativo lançado pelo governo para acelerar o bloqueio de celulares tem o objetivo de transformar um aparelho roubado em “um pedaço de metal inútil”.

Um “botão de emergência” para impedir o acesso de criminosos a aplicativos financeiros e a dados pessoais em caso de roubo ou furto de celulares já está disponível. O site Celular Seguro, lançado nesta terça-feira 19, permite bloquear o aparelho, a linha telefônica e os programas bancários. O aplicativo chegará às lojas virtuais do Android e do iOS na quarta 20.

A nova plataforma foi desenhada pelo Ministério da Justiça e da Segurança Pública em parceria com a Federação Brasileira de Bancos e a Agência Nacional de Telecomunicações.

Nosso objetivo é transformar o aparelho roubado em um pedaço de metal inútil. No momento em que o aparelho roubado é bloqueado, de forma rápida, ele se transforma em um pedaço de metal inútil, e a gente acredita que isso reduz muito a atratividade do delito”, afirmou Cappelli.

Segundo ele, o lançamento do programa também diminui o estímulo à receptação do aparelho roubado.

“Como as pessoas circularem com dinheiro é cada vez menos provável, o aparelho celular acabou sendo o maior patrimônio que as pessoas carregam no dia a dia”, avaliou o secretário. “Não só o aparelho, mas dentro dele estão embarcados cartão de crédito, dados bancários, dados pessoais. O aparelho funciona como um portal através do qual a pessoa tem toda a sua vida colocada.”


Em 2022, o Brasil registrou 999.223 roubos e furtos de celulares, segundo o 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. No entanto, de acordo com Capelli, tudo indica que a subnotificação ainda é grande.

Nesta terça, foram assinados memorandos com Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Santander, Itaú, Banco Inter, Sicoob, XP Investimentos, Banco Safra, Banco Pan, BTG Pactual e Sicredi.

Também foram firmados protocolos de intenções com empresas como Google, Uber, 99 e Zetta e com a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica. Firmaram adesão ao aplicativo, por fim, a Conexis Brasil Digital e as empresas Claro, Vivo e Tim.

Confira o passo a passo do novo programa, conforme material disponibilizado pelo Ministério da Justiça:

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(Com informações da Agência Brasil)

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