A cidadania mutilada no espaço urbano

Arquiteta Joice Berth fala sobre seu novo livro ‘Se a cidade fosse nossa’

Em sua nova obra, “Se a cidade fosse nossa”, a arquiteta Joice Berth, destrincha o quanto a divisão histórica na construção da cidade determinou os acessos e privilégios na experiência dos territórios. De quem tem a cidade como lugar de passagem e quem consegue usufruir do espaço urbano.

“A mobilidade urbana é a principal estrutura de divisão das cidades e ela desfavorece a negritude. Você mora no Capão Redondo, você pode vir para o centro da cidade trabalhar, mas você não pode vir usufruir dos equipamentos que estão ali. Então que cidade é essa, que é nossa? Ocupar, como? Resistir como dentro dessa cidade?”, questiona Berth.

Em entrevista à repórter Camila da Silva, a arquiteta detalha a pesquisa de seu novo livro, que será lançado em 3 de junho, e comenta como a retirada das barracas da população de rua de São Paulo e o episódio do entregador negro chicoteado à luz do dia no Rio refletem o quanto a cidade não é nossa.

Cacá Melo

Cacá Melo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar