Política
Candidatos cancelam agenda após agressão a Bolsonaro
Ciro, Marina, Alckmin, Haddad e Boulos suspenderam seus compromissos eleitorais após agressão contra o adversário
Após o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) ser agredido com uma faca e ser levado ao hospital em Juiz de Fora, Minas Gerais, onde passou por cirurgia, alguns de seus adversários decidiram cancelar suas agendas de campanha para esta quinta-feira, 6, e sexta-feira, 7.
O primeiro a informar que não terá agenda foi Ciro Gomes, do PDT. Ele tinha compromisso no Rio Grande do Norte na noite de hoje.
Cancelei minhas atividades de campanha em Natal (RN) nesta quinta-feira devido ao atentado contra o deputado Jair Bolsonaro. Desejo que ele se recupere, possa superar este momento e prontamente volte ao debate brasileiro.
— Ciro Gomes (@cirogomes) 6 de setembro de 2018
Em seguida foi a vez da candidata da Rede, Marina Silva. Através de sua assessoria, disse que seus compromissos foram cancelados. “Devido às circunstâncias excepcionais, Marina Silva não terá agenda nesta sexta-feira”, informou.
A assessoria de imprensa de Guilherme Boulos, do Psol, publicou nota dizendo que a agenda de amanhã do presidenciável foi suspensa.
Já a equipe de campanha Geraldo Alckmin, do PSDB, afirmou que “em respeito ao deputado Jair Bolsonaro, que se recupera do atentado sofrido”, o tucano suspendeu suas atividades para amanhã.
Fernando Haddad, vice de Lula (PT), decidiu cancelar seus compromissos na manhã desta sexta-feira, 7.
Minutos após a notícia da agressão ao pesselista circular na imprensa, os candidatos à Presidência manifestaram pesar sobre o ocorrido com o ex-militar na redes sociais.
Ataque
Bolsonaro foi agredido com uma faca na tarde desta quinta-feira, 6, quando fazia caminhada nas ruas do centro de Juiz de Fora (MG) ao lado de militantes.
Logo após o ataque o deputado foi levado para a Santa Casa de Misericórdia da cidade, onde foi submetido a cirurgia por conta de lesões no abdome e intestinos grosso e delgado. Segundo a equipe médica, o quadro dele é estável.
Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos, foi preso em flagrante sob suspeita de ter cometido a agressão. Ele foi levado à Polícia Federal, segundo a PM. A PF é quem cuidará das investigações.
Não é a primeira agressão física que ocorre durante a campanha para as eleições deste ano. No final de agosto, Guilherme Boulos, candidato à Presidência pelo PSOL, e sua vice, Sônia Guajajara, denunciaram uma ameaça com arma de fogo contra uma colaboradora de sua campanha.
Segundo a nota oficial da campanha do socialista, a vítima teria sido alvo de um apoiador Bolsonaro.
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