O presidente da CPMI aberta para investigar os atos golpistas de 8 de Janeiro, Arthur Maia (União-BA), afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, compartilhará com o colegiado os dados sigilosos da investigação na Corte.
Eles se reuniram na tarde desta terça-feira 13 no gabinete de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral. O encontro durou cerca de uma hora.
“Estivemos hoje com Moraes em reunião proveitosa. Todos os nossos pleitos sobre compartilhamento de dados foram atendidos”, afirmou o deputado após a agenda. “Os processos que estão em diligência ele pediu que nós esperássemos a conclusão, porque obviamente trata-se de uma investigação.”
Segundo Maia, o magistrado ainda projetou finalizar as apurações sobre os atos golpistas em até 45 dias.
“A investigação está em curso e está em uma fase conclusiva. Esses processos, na medida em que forem concluídos, imediatamente ele compartilhará conosco esse sigilo”, completou o presidente da CPMI.
Na primeira sessão da comissão, parlamentares discutiram a possibilidade de pedir o compartilhamento das informações sigilosas ao STF. O presidente do colegiado, então, disse que, antes de votar esses requerimentos, ele queria se reunir com Moraes.
Há sete inquéritos na Corte sobre os atos antidemocráticos e mais de cem requerimentos na comissão para obter dados sigilosos desses processos.
Mais cedo, os congressistas votaram os primeiros requerimentos de convocação. Um dos primeiros a serem ouvidos será Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), suspeito de participar de conspirações golpistas.
A CPMI também aprovou a convocação de outros aliados do ex-presidente, como Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; o general Augusto Heleno, ex-chefe do GSI; e Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal.
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