CartaExpressa
Boulos critica ex-comandante da Rota como vice de Nunes: ‘Bolsonaro vai mandar na cidade’
O coronel aposentado da PM é uma indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se mostrou irredutível na escolha, apesar da revolta de partidos que integram a base do prefeito
O deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), criticou a confirmação de que o ex-comandante da Rota, Ricardo Mello Araújo, é o pré-candidato a vice na chapa do prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). A oficialização do nome de Araújo foi feita pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), nesta sexta-feira 21.
“A escolha do Coronel Mello Araújo para vice de Ricardo Nunes deixa claro que é Jair Bolsonaro quem vai mandar na cidade caso o prefeito seja reeleito”, escreveu Boulos em suas redes sociais.
“O nome do policial foi enfiado goela abaixo de Nunes e seus aliados e é assim que vai ser nos próximos quatro anos se deixarmos São Paulo se transformar numa filial da milícia. Em troca de apoio eleitoral, Nunes é capaz de tudo. Tenho certeza que o povo não vai deixar que o negacionismo e o ódio bolsonaristas ponham as mãos sobre a maior cidade do Brasil”, continuou o parlamentar.
O coronel aposentado da Polícia Militar é uma indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se mostrou irredutível na escolha, apesar da revolta de partidos que integram a base de Nunes.
Em publicações nas redes sociais, o coronel já manifestou apoio ao impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal, questionou a segurança das urnas eletrônicas e se pronunciou contra a obrigatoriedade da vacina da Covid-19. A exemplo de Bolsonaro, criticou a política sanitária de isolamento social na pandemia.
Relacionadas
CartaExpressa
Governo deve fracionar reforma administrativa, diz Esther Dweck
Por CartaCapitalCartaExpressa
Petrobras encerra contrato com gigante dos fertilizantes Unigel
Por CartaCapitalCartaExpressa
Equatorial Energia é a única a apresentar proposta e fica com 15% da Sabesp
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.