Cultura

O Big Mac do horror

Stephen King não é muito valorizado pela crítica especializada, mas é o autor vivo com mais obras adaptadas para o cinema e televisão

Stephen King, prolífico criador de enredos encharcados de mistério
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Por José Geraldo Couto

 

A crítica especializada não dá muito valor à literatura de Stephen King. Apesar disso, esse norte-americano grandalhão nascido há 64 anos em Portland, no Maine, é o autor vivo com mais obras adaptadas para o cinema e a televisão. Entre longas, curtas, telefilmes e minisséries, nada menos que 138 produções nasceram de sua escrita.

King começou muito cedo. Aos 12 anos, juntou-se ao irmão mais velho, Dave, para fazer o jornalzinho mimeografado Dave’s Rag, em Durham, Maine. Em 1963, aos 14 anos, publicou com um amigo uma reunião de 18 contos, People, Places and Things – Vol. I. O primeiro romance, The Long Walk, foi concluído no primeiro ano da faculdade de Letras – e rejeitado pela Random House.

Desde então, não parou, produzindo dezenas de romances, em sua maioria de horror e mistério, sete deles sob o pseudônimo Richard Bachman. No cinema, já começou bem. O primeiro longa saído de sua obra foi Carrie, a Estranha (1976), de Brian DePalma. Viriam na sequência, em meio a caça-níqueis inexpressivos, pérolas dirigidas por gente como Stanley Kubrick (O Iluminado), George Romero (Creepshow), John Carpenter (Christine), David Cronenberg (A Hora da Zona Morta) e Rob Reiner (Louca Obsessão).

Em 1986, descontente com as adaptações de suas obras, arriscou-se na direção com o desastroso Comboio do Terror. Na mesma época, foi forçado pela mulher, Tabitha King, a procurar tratamento contra o alcoolismo e a adição à cocaína.

Calcula-se em 40 milhões de dólares anuais sua renda com direitos autorais. Mesmo assim, ele dá razão a seus críticos: “Sou o equivalente literário do Big Mac com fritas”.

 

DVDs

Carrie, a Estranha (1976)

A adolescente Carrie (Sissy Spacek), tiranizada pela mãe religiosa (Piper Laurie), hostilizada e ridicularizada pelos colegas, desencadeia seus poderes telecinéticos como forma de vingança. Fábula horripilante sobre o bullying que inclui no elenco John Travolta, Amy Irving e Nancy Allen, parceiros constantes de DePalma.

O Iluminado (1980)

Contratado como zelador, escritor (Jack Nicholson) muda-se com a mulher (Shelley Duval) e o filho para um grande hotel fora de temporada. Passa a agir de modo estranho e ameaçador, enquanto o filho se comunica com espíritos. A atuação de Nicholson e a atmosfera criada pela câmera de Kubrick produzem um terror ímpar.

Conta Comigo (1986)

Nos anos 1950, quatro garotos (entre eles, River Phoenix e Corey Feldman) de uma cidadezinha aventuram-se pela mata em busca de um cadáver. Enfrentam, entre outros perigos, a gangue de Kiefer Sutherland. Baseado em conto atípico de King, o filme de Rob Reiner é uma delicada parábola sobre o fim da infância.

Por José Geraldo Couto

 

A crítica especializada não dá muito valor à literatura de Stephen King. Apesar disso, esse norte-americano grandalhão nascido há 64 anos em Portland, no Maine, é o autor vivo com mais obras adaptadas para o cinema e a televisão. Entre longas, curtas, telefilmes e minisséries, nada menos que 138 produções nasceram de sua escrita.

King começou muito cedo. Aos 12 anos, juntou-se ao irmão mais velho, Dave, para fazer o jornalzinho mimeografado Dave’s Rag, em Durham, Maine. Em 1963, aos 14 anos, publicou com um amigo uma reunião de 18 contos, People, Places and Things – Vol. I. O primeiro romance, The Long Walk, foi concluído no primeiro ano da faculdade de Letras – e rejeitado pela Random House.

Desde então, não parou, produzindo dezenas de romances, em sua maioria de horror e mistério, sete deles sob o pseudônimo Richard Bachman. No cinema, já começou bem. O primeiro longa saído de sua obra foi Carrie, a Estranha (1976), de Brian DePalma. Viriam na sequência, em meio a caça-níqueis inexpressivos, pérolas dirigidas por gente como Stanley Kubrick (O Iluminado), George Romero (Creepshow), John Carpenter (Christine), David Cronenberg (A Hora da Zona Morta) e Rob Reiner (Louca Obsessão).

Em 1986, descontente com as adaptações de suas obras, arriscou-se na direção com o desastroso Comboio do Terror. Na mesma época, foi forçado pela mulher, Tabitha King, a procurar tratamento contra o alcoolismo e a adição à cocaína.

Calcula-se em 40 milhões de dólares anuais sua renda com direitos autorais. Mesmo assim, ele dá razão a seus críticos: “Sou o equivalente literário do Big Mac com fritas”.

 

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Carrie, a Estranha (1976)

A adolescente Carrie (Sissy Spacek), tiranizada pela mãe religiosa (Piper Laurie), hostilizada e ridicularizada pelos colegas, desencadeia seus poderes telecinéticos como forma de vingança. Fábula horripilante sobre o bullying que inclui no elenco John Travolta, Amy Irving e Nancy Allen, parceiros constantes de DePalma.

O Iluminado (1980)

Contratado como zelador, escritor (Jack Nicholson) muda-se com a mulher (Shelley Duval) e o filho para um grande hotel fora de temporada. Passa a agir de modo estranho e ameaçador, enquanto o filho se comunica com espíritos. A atuação de Nicholson e a atmosfera criada pela câmera de Kubrick produzem um terror ímpar.

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Nos anos 1950, quatro garotos (entre eles, River Phoenix e Corey Feldman) de uma cidadezinha aventuram-se pela mata em busca de um cadáver. Enfrentam, entre outros perigos, a gangue de Kiefer Sutherland. Baseado em conto atípico de King, o filme de Rob Reiner é uma delicada parábola sobre o fim da infância.

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