Economia

Desemprego atinge 10,9% e Brasil é o terceiro país com mais demissões

O cenário mundial também não é promissor

Apoie Siga-nos no

O desemprego atingiu 10,9% no primeiro trimestre deste ano, 1,9% superior ao resultado dos três últimos meses de 2015, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística na sexta-feira 29.

No acompanhamento do site de estatísticas estadunidense Trading Economics, o Brasil ocupa a terceira posição entre os países com maior número de demissões, antecedido por Espanha (21%) e Itália (11,4%). Na zona do Euro, o porcentual é de 10,5%. 

No período considerado pelo IBGE, a população desocupada aumentou 22,3%, o equivalente a 2 milhões de trabalhadores e totalizou 11,1 milhões, superior aos 10 milhões projetados por vários economistas. O rendimento médio, de 1.966 reais, descontada a inflação, permaneceu estável.

A recuperação deverá demorar, a julgar por alguns indicadores. O boletim Focus, do Banco Central, elaborado com base nos cenários traçados pelas instituições financeiras, reviu a estimativa de variação negativa do PIB em 2016, de -3,66% para -3,88%.

A previsão de crescimento em 2017 foi reduzida de 0,35% para 0,30%. O cenário mundial não ajuda. As projeções do World Economic Outlook de abril, do Fundo Monetário Internacional, mostram uma piora da situação nos próximos dois anos.

A estimativa de crescimento mundial caiu de 3,4% para 3,2% em 2016, e de 3,6% para 3,5% em 2017. A recente valorização do dólar no mercado de câmbio brasileiro prejudicará ainda mais o desempenho das exportações, afetadas por um mercado global em retração contínua.  

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo