Economia

Lula critica empresas como a Boeing por ‘roubarem’ engenheiros brasileiros

Durante cerimônia com o presidente em São Paulo, a Embraer anunciou investimentos de 2 bilhões de reais

O presidente Lula na entrega de uma aeronave da Embraer à Azul, em 27 de abril de 2024. Foto: Ricardo Stuckert/PR
Apoie Siga-nos no

O presidente Lula (PT) criticou, nesta sexta-feira 26, empresas estrangeiras por “roubarem” engenheiros brasileiros. Ele citou diretamente a norte-americana Boeing.

“Não é que a gente quer impedir alguém de trabalhar lá fora, muito pelo contrário. Mas a gente precisa discutir que não é honesto vir aqui roubar nossos engenheiros sem gastar um centavo para formá-los”, disse o petista, durante a cerimônia de entrega de uma aeronave da Embraer à Azul, em São José dos Campos (SP).

Lula relembrou a tentativa da Boeing de comprar a Embraer e afirmou ter havido “um piripaque” nos aviões da companhia estrangeira.

“Ela não quis e não pagou sequer o cumprimento do contrato da multa que ela tinha. E instalou aqui um prédio para levar os nossos engenheiros. Então, não é correto a gente formar engenheiro, investir dinheiro, e depois vir alguém aqui comprar da gente.”

Durante a visita de Lula, a Embraer anunciou investimentos de 2 bilhões de reais, com a geração de mais de 900 empregos diretos nas fábricas, segundo seu presidente, Francisco Gomes Neto.

A Embraer é a terceira maior fabricante de jatos comerciais do mundo, líder no segmento de aeronaves com até 130 lugares e jatos executivos. Tem cerca de 19 mil empregados, com presença em todos os continentes. Neto também destacou que a empresa contratou 1,5 mil novos funcionários em pouco mais de um ano, retomando a força de trabalho que tinha antes da pandemia.

Criada pelo Estado em 1969, a Embraer já fabricou e vendeu mais de 8 mil aeronaves. Apesar de privatizada desde 1994, o governo detém poder final em decisões estratégicas. Além de fabricar aviões comerciais e de uso privado, produz aeronaves militares, como cargueiro KC-390 e o Super Tucano, além de aviões agrícolas.

Em abril de 2020, a Boeing anunciou a rescisão de um acordo de 4,2 bilhões de dólares para adquirir a divisão de aviões comerciais da Embraer. As companhias planejavam formar uma joint venture na qual a norte-americana teria 80% da participação.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo