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Israel terá dos EUA ‘o que precisar para se defender’, diz Blinken

País é considerado o principal apoiador militar e político de Israel

Foto: Jacquelyn Martin/POOL/AFP
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Os Estados Unidos “seguem avaliando” o desenrolar de um envio de bombas a Israel, suspenso por receio de que fossem usadas em Rafah, mas se certificam de que seu aliado terá “o que precisar para se defender”, disse, nesta terça-feira 18, o secretário de Estado, Anthony Blinken.

“Seguimos revisando o envio de bombas de 2.000 libras (por volta de 907 quilos) devido a preocupações com seu uso em uma zona densamente povoada como Rafah, mas todo o resto está transcorrendo com normalidade para garantir que Israel tenha o que necessita para se defender”, declarou Blinken durante uma coletiva de imprensa.

A fala do secretário dos Estados Unidos foi em resposta a uma pergunta sobre os comentários realizados, nesta terça, pelo primeiro-ministro israelense, Benjamín Netanyahu, em que ele afirmou que Blinken lhe prometeu, durante uma recente visita a Israel, que “o governo(americano) trabalha dia e noite para reduzir o gargalo” gerado na entrega das bombas.

“Como é possível que as armas e munições que compramos com nosso dinheiro deixem de chegar dos Estados Unidos?”, interrogou Netanyahu em um discurso em Tel Aviv.

Blinken não quis comentar diretamente os assuntos conversados em Israel, mas assegurou que o posicionamento dos Estados Unidos não mudou.

“Seguimos trabalhando neste tema, mas não mudamos de posição, que é novamente garantir que Israel tenha o que necessita para se defender”, respondeu.

Os Estados Unidos, país considerado o principal apoiador militar e político de Israel, suspendeu em maio deste ano a entrega de uma carregamento de bombas por temer que o armamento fosse usado na ofensiva contra Rafah, no sul do território palestino da Faixa de Gaza.

O carregamento era composto por 1800 bombas de 2 mil libras e 1700 bombas de 500 libras (226 kg).

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