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Jorge Glas, ex-vice presidente preso no Equador, envia carta a Lula com pedido de ajuda; leia a íntegra

Político, preso na invasão da embaixada mexicana em Quito, confirmou estar em greve de fome e alega estar sofrendo uma perseguição brutal

Jorge Glas, em foto de arquivo de quando ocupava a vice-presidência do Equador. Foto: Arquivo/Agencia de Noticias ANDES/Wikimedia Commons
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O ex-vice-presidente do Equador, Jorge Glas, solicitou por carta aos presidentes do México, Colômbia e Brasil que mediassem a sua liberdade com as autoridades equatorianas.

Nas cartas, o político afirmou estar em greve de fome desde que foi preso, em 10 de abril, quando o presidente equatoriano, Daniel Noboa, ordenou à polícia e aos militares para atacarem a embaixada mexicana em Quito e levarem à força Glas.

Glas foi condenado pelos crimes de associação ilícita e suborno agravado no âmbito da “trama Odebrecht”. As penas combinadas somam 14 anos de prisão.

Além dessas sentenças, o ex-vice está sendo investigado por um suposto crime de peculato, que consiste em desviar fundos públicos.

Glas pediu asilo na Embaixada do México em Quito após a Justiça equatoriana determinar a sua prisão preventiva, em janeiro deste ano. Horas depois de ter seu pedido acatado, militares equatorianos invadiram a embaixada e efetuaram sua prisão.

A invasão do prédio da representação diplomática e consequente violação da soberania mexicana causou comoção internacional. Em resposta, o México rompeu relações diplomáticas com o Equador.

Desde o dia 10, Glas está preso em La Roca, uma prisão de segurança máxima em Guayaquil, onde ficam detidos os principais líderes de gangues, as quais o presidente Daniel Noboa travou uma guerra na tentativa de reduzir a violência do País.

As cartas

As cartas escritas pelo político foram direcionadas aos presidentes que mais demonstraram solidariedade até aqui. Nelas, o preso manda uma mensagem de socorro.

“Peço desculpas como equatoriano. Estou na pior prisão do Equador e em greve de fome. Me ajude. Aqui há uma perseguição brutal contra todos os progressistas. Somente a ajuda internacional pode fazer alguma coisa”, cita um trecho da mensagem encaminhada a Andrés Manuel Lopez Obrador, do México.

A Lula, Glas escreve:

“Senhor Presidente, Sou Jorge Glas, ex-vice de Rafael. Estou na prisão de novo, me ajude. Só a pressão internacional pode ajudar. Estou na pior prisão do país e em greve de fome. Um abraço.”

Gustavo Petro, da Colômbia, também recebeu uma mensagem com teor parecido.

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