Opinião
Cash back
Recursos bilionários do propalado combate à corrupção na Lava Jato foram desviados para atender a interesses privados, como atesta a investigação da Corregedoria Nacional
O corregedor nacional de Justiça Luis Felipe Salomão determinou, no ano passado, a realização de correição extraordinária na 13ª Vara Federal de Curitiba e na 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região com o objetivo de apurar os abusos da Lava Jato. Como desdobramento da referida investigação, agora foram afastados, cautelarmente, juízes e desembargadores em razão de indícios de violações aos deveres de prudência, independência, imparcialidade e transparência, além de possível prática dos crimes de peculato, prevaricação e corrupção.
O corregedor apontou, mais especificamente, que “a ideia de combate à corrupção foi transformada em uma espécie de cash back para interesses privados”, na medida em que foram envidados esforços para que recursos bilionários obtidos por meio de acordos de colaboração premiada, leniência, apreensão de bens e cooperações jurídicas internacionais fossem desviados para proveito de uma fundação privada da Lava Jato. Foram apontados ainda reiterados descumprimentos de ordens do Supremo Tribunal Federal.
Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.