Política

Aécio Neves chama ditadura de “revolução”

Pré-candidato tucano à presidência da República desconversou ao ser questionado sobre o uso do termo em evento nesta quinta-feira

Inevitável. Sobra para ele, caso Serra decida encerrar sua carreira de candidato na disputa municipal de São Paulo. Foto: José Cruz/ABR
Apoie Siga-nos no

O senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência da República, referiu-se nesta quinta-feira 4 ao golpe militar de 1964 como “revolução”.

A fala ocorreu no 57º Congresso Estadual de Municípios de São Paulo, em Santos, litoral paulista.

O termo “revolução” é comumente usado por militares e simpatizantes do regime repressivo que comandou o Brasil por 21 anos, entre 1964-1985.

Os militares negam que neste período tenha se caracterizado uma ditadura no País.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, ao ser questionado sobre o uso do termo, Aécio desconversou. “Ditadura, revolução, como quiserem”. Depois, o senador afirmou que “era um regime autoritário, que lutamos para que fosse vencido”.

O tucano usou o termo durante um discurso no qual apresentava breves relatos de episódios históricos, que, segundo ele, retratam a política centralizadora do governo federal que se mantém por décadas. “Veio a revolução de 64, novo período de grande concentração de poder nas mãos da União, apesar de ter sido um período em que foram criadas políticas compensatórias para determinadas regiões menos desenvolvidas.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo