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As ações educacionais do governo Lula estão aprisionadas pela “pequena política”

Imagem: iStockphoto
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Em seus dois primeiros mandatos, Lula logrou a ampliação das universidades federais, reformulou a estratégia de formação profissional no âmbito dos Institutos Federais de Educação Tecnológica e possibilitou o ingresso por cotas, transformando o perfil socioeconômico e racial das instituições federais. Ao mesmo tempo, isentou as instituições educacionais com fins lucrativos de tributos, ProUni, criando as bases para um inédito deslocamento de verbas públicas para corporações, conformando o maior processo de mercantilização da educação do planeta.

A quadratura do círculo – a harmonia entre o crescimento das instituições públicas e das instituições mercantis alavancadas por verbas públicas – ficou evidenciada com o aprofundamento da crise em 2014, que resultou no golpe de 2016. No decênio 2013-2023, as universidades federais perderam mais de 100 bilhões de reais. Os recursos alocados no Fies e no ProUni explodiram no período, somando cerca de 140 bilhões. O custo implícito do Fies deflagrou uma profunda crise. Desde então, as corporações investiram na expansão vertiginosa dos cursos a distância, de modo que, atualmente, 65% dos novos estudantes do ensino superior ingressam nessa modalidade.

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