Política

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Temporada de caça

Desde abril, ao menos cinco pré-candidatos foram assassinados no País. E a campanha nem começou

Alvos. Nega Juh, Santos, Balbino e Morais, quatro dos pré-candidatos assassinados em abril. Ataques ameaçam o processo eleitoral – Imagem: Redes sociais
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A líder comunitária Juliana de Souza Silva iria ­disputar pela primeira vez uma eleição. Aos 44 anos, reconhecida pela militância nos bairros Carmary e São Benedito, na Baixada Fluminense, Nega Juh era pré-candidata a vereadora pelo PL em Nova Iguaçu. Na noite do sábado 15, comia em um trailer na companhia do único filho, Alexander de Souza Gomes, de 27 anos, quando quatro homens encapuzados se aproximaram e dispararam diversas vezes contra os dois, que morreram na hora. O crime é investigado pela Delegacia de Homicídios da região e os policias apontam traficantes locais, supostamente insatisfeitos com a candidatura, como prováveis mandantes.

A morte de Nega Juh soma-se a outros cinco casos de assassinato de pré-candidatos, provavelmente por motivação política, ocorridos no País desde o fim de abril. Em 23 de maio, o verea­dor Juliano Balbino, do PSC, foi executado em Paty do Alferes (RJ). Uma semana depois, foi a vez de Valmir dos Santos ser abatido a tiros em Umburanas, na Bahia. No Ceará, três vereadores foram assassinados entre 28 de abril e 9 de maio: Cesar Veras, do PSB, em Camocim, Erasmo Morais, do PL, no Crato, e Geilson Lima, do PL, em Icó.

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